Este desafio foi assumido ontem, no Maputo, pelo Governador do Banco Central, Ernesto Gove, numa cerimónia alusiva ao balanço preliminar do exercício económico e financeiro do ano que está prestes a findar.Ernesto Gove, que falava sobre os desafios para o ano, afirmou que em parceria com as instituições de crédito, o Banco Central continuará a prosseguir o esforço da bancarização da economia nacional, modernizar o sistema nacional de pagamentos e buscar preços dos serviços financeiros mais competitivos.
“Perante o cenário de volatilidade a que se assiste no mercado internacional, o Banco de Moçambique vai adoptar uma postura de maior prudência na aplicação das nossas reservas internacionais, tendo em vista a redução do risco”, disse.
“Perante o cenário de volatilidade a que se assiste no mercado internacional, o Banco de Moçambique vai adoptar uma postura de maior prudência na aplicação das nossas reservas internacionais, tendo em vista a redução do risco”, disse.
O ano de 2011, segundo o governador, começou com as maiores cautelas, em face dos sinais preocupantes que a conjuntura internacional apresentava, marcados pela ressaca da perturbação patente em alguns indicadores macroeconómicos de 2010, nomeadamente a inflação doméstica e a taxa de câmbio.
Apesar do cenário difícil, Gove, que falava na presença de representantes de instituições financeiras e quadros séniores do BM, garantiu que os principais indicadores económicos do país tiveram um desempenho satisfatório.
“A informação do Instituto Nacional de Estatística aponta para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno dos 7,4 porcento nos primeiros seis meses do ano, o que está em linha com o crescimento anual projectado”, disse.
Relativamente a 2012, o governador afirmou que a política monetária continuará a respeitar os objectivos finais de política económica do Governo, que prevê uma inflação média anual de 7,2 por cento, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5 por cento e 4,6 meses de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais por reservas internacionais brutas.
O objectivo intermédio da política monetária vai permitir uma expansão anual dos meios totais de pagamento em torno dos 18,9 porcento e a possibilidade de aumento da expansão do crédito à economia até 22,2 porcento. A base monetária deverá ter um crescimento não superior a 17,5 porcento, enquanto o saldo das reservas internacionais líquidas poderá situar-se em torno dos 2279 milhões de dólares.
“Para a consecução destes objectivo, o BM privilegiará o uso de instrumentos disponíveis nos mercados monetário e cambial, complementados com acções de persuasão moral e supervisão bancária às instituições de crédito”, afirmou Ernesto Gove.
Maputo, Terça-Feira, 20 de Dezembro de 2011: Notícias