Estudantes da Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane (ESHTI) Promovem Turismo Doméstico

Um grupo de estudantes do terceiro ano do curso de Turismo na ESHTI, através da disciplina de Espaços Naturais e Turismo ao Ar Livre (ENTAL), organizou no dia 18/10/2008 com sucesso uma excursão ao “Museu Estacão arqueológica de Manhikeni”, com o interesse de despertar e promover a pratica do turismo doméstico no seio dos Moçambicanos. Uma atitude de elogiar, pois se este tipo de iniciativas se replicar, poderemos ter nos próximos dias, cada vez mais Moçambicanos a viajar, com o intuito de desfrutar da rica diversidade de atractivos turísticos que o país oferece.

Os excursionistas eram na sua maior estudantes e docentes da ESHTI que se identificam com a historia do país no geral e em particular daquele local.Para os mesmos, visitar aquele atractivo turístico histórico cultural era um motivo de grande satisfação e orgulho, pois, significava para os mesmos, com aquela visita, uma forma de valorização daquele espaço e uma forma de promoção do turismo domestico.

No local os visitantes levaram cerca de uma hora e meia de tempo percorrendo o amuralhado de “Manhikeni”, acompanhados por um guia local que explicava aos visitantes os resultados da investigação arqueológica dirigida por João Morais, arqueólogo Moçambicano que dirigiu as investigações arqueológicas naquele espaço histórico. Houve tempo para a realização de um debate cujo tema foi “Conservação do Património Histórico Cultura Vs Promoção do Turismo Domestico.”

Portanto das intervenções efectuadas durante o debate chegou-se a conclusão de que há um mau estado de conservação do património histórico cultural nacional e que os moçambicanos viajam muito, mas não em turismo, mais sim a procura de melhores condições de vida tomando em consideração a fraca disponibilidade de renda que graça a maior parte dos Moçambicanos. Realizou-se ainda no local, um jogo denominado Caça ao Tesouro e finalmente realizou-se uma encenação artística protagonizada por um estudante.

Oferta, Demanda e Competitividade em Turismo

A oferta turística é o conjunto de bens naturais ou artificiais e serviços de uma destinação turística que formam o produto turístico capaz de atrair visitantes, ela pode ser natural e artificial. A oferta turística tem as seguintes características: os bens produzidos não podem ser armazenados; o consumo turístico é condicionado pela presença do cliente; simultaneidade da produção e consumo; a oferta turística é imóvel; o produto turístico é um compósito; e é intangível. No entanto, a oferta turística é composta pelos recursos naturais, culturais, serviços turísticos, serviços urbanos de apoio ao turismo, infra-estruturas turísticas; a sua avaliação constitui uma tarefa difícil na medida em que os interesses dos fornecedores turísticos de um núcleo nem sempre são homogéneos, sendo esses caracterizados por uma actuação mercadológica individualista, imediata e despreocupada com o futuro do destino.

Demanda turística é o conjunto de pessoas que viajam ou desejam viajar para locais diferentes do seu ambiente rotineiro, com o propósito recreativo e de lazer. Ela é influenciada pelos seguintes factores: factores económicos; factores relativos às unidades demandantes; factores aleatórios; factores relativos aos sistemas de comercialização e factores relativos à produção. No entanto, a demanda turística classifica-se em três grandes grupos: demanda efectiva, demanda não efectiva e a não demanda e pode ser segmentada a partir de vários critérios, dos quais destacam-se os seguintes: idade, formas de acompanhamento, nível de renda do turista, área geográfica, duração da viagem, local do turismo e meio de transporte. Para a sua avaliação utiliza-se alguns indicadores, como é o caso do número total de pessoas que chegam ou partem de um país ou região.

A competitividade em turismo constitui a capacidade de uma empresa turística obter lucros de forma eficaz em função das vantagens competitivas do mercado em relação a outras empresas; dos diversos factores que influenciam a competitividade destacam-se os seguintes: Existência de concorrentes, existência de produtos substitutos, poder de comercializar a demanda, poder de negociar a oferta, produtividade das empresas, qualidade de serviços, gestão ambiental, integração política, promoção do destino, qualificação dos recursos humanos.

Portanto, estes três elementos (a oferta, a demanda e a competitividade turística) constituem indicadores de analise para o planeamento e ordenamento de um território turístico.