quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Contribuição Económica do Turismo na Praia de Xai-Xai de 2003 á 2008

A actividade turística teve forte contribuição do ponto de vista económico, para a melhoria da qualidade de vida da comunidade do posto administrativo da Praia de Xai-Xai no período de 2003 à 2008.

Do ponto de vista de investimentos, foram aprovados para a Praia de Xai-Xai no período de 2003 à 2008 quatro (4) projectos de investimentos em infra-estruturas de alojamento e alimentação orçados em 2.493.566,00Mt com vista a melhorar os serviços turísticos da região, que presume-se venham a criar para a comunidade local, cinquenta (50) postos de trabalho directos e mais de quinhentos (500) indirectos.

A actividade turística na Praia de Xai-Xai arrecadou para o governo um total de 4.280.846,00Mt de receitas fiscais, resultantes de rendas privadas e empresariais geradas pelo emprego e pelo negócio do turismo. O turismo na Praia de Xai-Xai durante o período de 2003 à 2008 contribuiu com uma média anual de 108 postos de trabalho directos, distribuídos nos seguintes tipos de emprego: Bar Man, Empregados de Mesa, Camareiras, Gerentes, Guardas, Motoristas, Recepcionistas e cozinheiros.

O turismo gerou na Praia de Xai-Xai ainda outros postos de trabalho que resultaram da construção, reabilitação e ampliação de estabelecimentos turísticos, distribuídos nos seguintes tipos de empregos: Mestre de Obras, Ajudantes de Obras, Carpinteiros, Pintores, electrecistas e Caregadores. E criou oportunidades de negócios para os artesãos e pescadores da região.

É importante salientar que, apesar do turismo na Praia de Xai-Xai de 2003 á 2008 ter criado postos de trabalho, incrementado investimentos em infra-estruturas de alojamento e alimentação, as receitas fiscais colectadas para o estado não se reverteram directamente para o financiamento de infra-estruturas sociais para o benefício da comunidade local.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Governo Moçambicano Lança a "Marca Moçambique"

De acordo com o Jornal Noticias (na sua edição de 27 de Fevereiro, 2009) "o Governo pretende, a partir de agora, com o lançamento da marca, desencadear uma série de acções com vista a melhorar o ambiente dos investimentos no país, bem como atrair mais turistas estrangeiros e nacionais.


Falando na cerimónia do lançamento do projecto, o Presidente da República, Armando Guebuza, disse que a marca representa “uma bandeira do nosso sistema de valores, um marco do nosso processo histórico e expressão do nosso potencial e abertura para partilhá-lo com o resto da humanidade”.
“Com a ‘Marca Moçambique’ celebramos a nossa diversidade cultural e linguística, o reconhecimento ao direito à diferença e o nosso compromisso com a cultura de paz. Sobretudo, enaltecemos o consenso nacional de que só mantendo-nos unidos lograremos valorizar as nossas tradições, o nosso património cultural e turístico e toda a gama de recursos de que somos dotados”, disse o Chefe do Estado.


A anteceder o lançamento oficial da “Marca Moçambique”, o Ministro do Turismo, Fernando Sumbana, concedeu uma conferência de Imprensa, na qual afirmou que a adopção da marca é o culminar de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde a independência nacional, porque os programas dos governos que foram passando ao longo do tempo sempre apontaram para a necessidade de expor o país ao mundo exterior”.


“A política do Governo foi sempre de procurar mais amigos e uma abertura para o mundo exterior, daí que com todas essas acções estava-se a construir o pilar para que o país viesse a desenvolver esta marca. Sendo assim, a marca, efectivamente, é o traduzir no logótipo e em mensagens de comunicação a atitude daquilo que é a face moçambicana. A marca traduz tudo isso - a hospitalidade, simplicidade e a simpatia dos moçambicanos”, afirmou o ministro.
Ainda ontem, foi lançado o Mapa-Guia Geo-Turístico do Norte de Moçambique, um produto desenvolvido pelo centro mundial National Geographic, uma organização que tem como uma das suas vocações a promoção de destinos turísticos sustentáveis.
Hoje tem início, igualmente em Maputo, a Cimeira Africana de Investimento Turístico. Trata-se de um evento que tem em vista a procura de uma plataforma comum para o desenvolvimento do turismo no Continente Africano.


O encontro, que contará com a participação de mais de 650 individualidades, culminará com a realização de uma Gala de Prémios de Investimento Turístico 2008, uma iniciativa que visa reconhecer e encorajar os operadores que mais se destacaram na promoção do turismo africano.
A gala terá 15 diferentes categorias, sendo de destacar o Melhor Operador Turístico, Melhor Investidor, Melhor Ministro do Turismo, entre várias outras".

(In Noticias, 27 de Fevereiro)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Um Olhar aos Estabelecimentos de Alojamento e de Alimentação e Bebidas do Municipio da Cidade de Inhambane

Os dados que a seguir apresentamos neste texto foram extraídos de um Trabalho de Diagnostico Turísticos do Município da Cidade de Inhambane (MCI), efectuado por estudantes do terceiro ano do curso de Planeamento Turístico, na Cadeira de Planeamento Turístico e Ordenamento Territorial (PTOT), 2008.

De acordo com as observações e entrevistas efectuadas no terreno, constatou-se que o Município da Cidade de Inhambane (MCI) possuí cerca de 8 estabelecimentos de alojamento, com uma capacidade de 145 camas, acessíveis por via terrestre (rodoviária pavimentada) para qualquer tipo de carro. Estes estabelecimentos, de acordo com a classificação atribuída pela Direcção Provincial do Turismo[1] com base no Regulamento de Alojamento, Restauração bebidas e Salas de Danças são na sua maioria de segunda e terceira classe e localizam-se na zona urbana do Município de Inhambane. No que concerne as condições/serviços dos estabelecimentos, apurou-se através das observações realizadas que oferecem as seguintes condições/serviços: zonas destinadas a hóspedes com serviços de recepção e sala de espera; bar, restaurante, garagem, telefonia, ar condicionado, televisores e vídeos, aparelho de som, quartos com camas casais e casa de banho privativa, meios de combate contra incêndios e livros de reclamações e/ou sugestões.
Todavia, verificou-se a inexistência de equipamentos para o uso de pessoas portadoras de deficiência física (sanitários especiais, rampas de acesso), fraca demarcação de zonas para fumadores e os trabalhadores carecem de uniformes distintivos.

Em relação aos estabelecimentos de Alimentação e Bebidas, de acordo com as entrevistas e observações realizadas, verificou-se que o MCI possui cerca de 25 estabelecimentos de alimentação e bebidas com uma capacidade de 722 cadeiras e 192 mesas, sendo que, de acordo com a classificação atribuída pela Direcção Provincial do Turismo com base no Regulamento de Alojamento, Restauração e bebidas e Salas de Danças são das seguintes categorias: restaurantes, bares, snack bares, botequim, esplanadas, sorveteiras e centros sociais.
Grande parte destes estabelecimentos, tal como os de alojamento, localizam-se na zona urbana do MCI com acesso via rodoviária. No que concerne as condições/serviços dos estabelecimentos, apurou-se através das observações efectuadas que oferecem as seguintes condições/serviços: telefone, ar condicionado, televisores e vídeos, aparelhos de som, meios de combate contra incêndios, oferecem bebidas nacionais e internacionais, oferecem pratos de gastronomia típica nacional e internacional, serviços de take away, apresentam boas condições de higiene, segurança e conservação de alimentos e bebidas.
Os preços são compatíveis com os serviços prestados, entretanto em alguns casos variam em função da sazonalidade do turismo[2].
No entanto, de acordo com as observações efectuadas, alguns estabelecimentos apresentam más condições de higiene nos sanitários que também não oferecem equipamentos para o uso de pessoas deficientes, fraca demarcação de áreas para fumadores e vestuários dos trabalhadores desorganizado[3].

De uma forma geral em função das observações e entrevistas efectuadas, a maior parte dos estabelecimentos de alojamento e de alimentação e bebidas do MCI apresentam condições mínimas para a recepção de turistas exigidas pelo Regulamento de Alojamento, Restauração e bebidas e Salas de Danças, sendo que, cada estabelecimento oferece serviços a um grupo de clientes específico. Porém é necessário que as autoridades estatais responsáveis pela promoção do turismo, acelerem o passo na atracção do investimento privado, de modo a garantir maior qualidade destes serviços e absorção da demanda que tem vindo a aumentar segundo o Ministério do Turismo. Outro factor importante, que exige a mobilização de recursos financeiros com maior urgência, prende-se com a realização do mundial de futebol de 2010 na vizinha Africa do Sul, pois, será uma oportunidade para divulgar e promover as potencialidades do MCI, para o mundo.

[1] Entidade Publica que regula este ramo de actividade ao nível da provincial.
[2] Em épocas de pico do turismo os preços são elevados e nas épocas baixas os preços são promocionais ou baixos.
[3] Em muitos casos os estabelecimentos carecem de uniforme para os trabalhadores, sendo que, o vestuário é de carácter individual;